A colocação do balão intragástrico é um dos tratamentos mais indicados hoje por especialistas para pacientes que necessitam emagrecer. O método utiliza um procedimento não invasivo, tornando-o seguro e eficaz. Porém, existem muitos mitos relacionados ao tratamento com o balão intragástrico. Para que você possa desvendar alguns dos mitos acerca do dispositivo, falaremos mais sobre os principais a seguir.
Primeiramente, o que é o balão intragástrico?
O balão gástrico é uma esfera de silicone cirúrgico criada para ser inflada e ocupar espaço e provocar um peso dentro do estômago. Dessa forma, o dispositivo proporciona ao paciente uma maior sensação de saciedade. Consequentemente, o indivíduo que está em tratamento com o balão intragástrico ingere uma quantidade menor de alimentos. O resultado é a perda de peso, já que não é mais necessário comer tanto para se sentir satisfeito.
Tipos de balão intragástrico
No Brasil, há duas versões de balões intragástricos aprovados para utilização: o balão intragástrico ajustável e o balão intragástrico de volume fixo.
O que os difere é que a versão ajustável permite que o balão seja inflado e desinflado, conforme a necessidade. Já o balão intragástrico de volume fixo, conforme seu nome indica, não permite ajuste de volume ao longo do tratamento. Dessa forma, há um maior índice de desistência do tratamento, por conta dos efeitos colaterais. Isso ocorre porque como o balão gástrico de volume fixo não permite que seu volume seja ajustado, os médicos o inflam, desde a inserção, em sua capacidade máxima. O abandono do tratamento nos primeiros dias se dá pela má adaptação ao dispositivo dentro do estômago, apresentando náuseas, enjoos, vômitos e dores.
O sistema exclusivo do balão intragástrico ajustável SPATZ 3 permite que se diminua ou aumente o seu volume, de forma estratégica. A equipe médica pode optar por iniciar o tratamento com um volume baixo e aumentá-lo aos poucos. Essa técnica, segundo os especialistas, evita os desconfortos ocasionados no início do tratamento com o balão intragástrico. Dessa forma, há um melhor período de adaptação do organismo com a presença do balão intragástrico, evitando o abandono do tratamento. Depois, conforme o paciente vai se acostumando com a presença do balão, o médico aumenta gradativamente o volume para obter mais resultados.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o balão intragástrico, desvendaremos alguns mitos, conforme a seguir:
Qualquer um pode fazer tratamento com o balão intragástrico – MITO
Isso é um mito sobre o balão intragástrico. Assim como qualquer outro tratamento auxiliar no combate à obesidade, para colocar o balão intragástrico também há regras. Para inserir o balão intragástrico, é necessário possuir Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 27 e preferencialmente, ter mais que 18 anos.
O procedimento não tem efeitos colaterais – MITO
O balão intragástrico, apesar de seguro, é visto pelo nosso organismo como um corpo estranho. Por isso, é comum alguns pacientes apresentarem sintomas principalmente nas primeiras 72 horas após a implantação do balão intragástrico. Os principais desconfortos são: enjôo, dor abdominal e vômito.
O período de tratamento com o balão dura apenas seis meses – MITO
Isso antes era uma verdade. Mas o balão intragástrico SPATZ 3 possui autorização das autoridades para permanecer no estômago do paciente por até 12 meses. Enquanto os balões comuns não devem ficar no organismo por um período maior que seis meses. Além disso, o SPATZ 3 utiliza um método de preenchimento ajustável. Isso permite que a equipe médica infle e desinfle o balão, de acordo com a necessidade de ajuste do tratamento. Segundo os especialistas, quanto mais tempo de tratamento com o balão intragástrico, melhor é a estabilização metabólica do peso perdido.
O paciente passa por procedimento cirúrgico para colocar o balão intragástrico – MITO
Mais um mito! Para que o balão intragástrico seja inserido, não é necessário nenhum tipo de procedimento cirúrgico. A inserção do balão intragástrico é feita de forma minimante invasiva, através de um procedimento ambulatorial chamado endoscopia.
Não é necessário fazer acompanhamento nutricional – MITO
Um dos fatores mais importantes do tratamento com balão intragástrico é contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar (médico, nutricionista, psicólogo e preparador físico). Somente eles poderão orientar o paciente para uma mudança de hábitos comportamentais e alimentares. Dessa forma, ter uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo, é fundamental para uma perda de peso saudável.
Depois de usar o balão, não voltarei a engordar – MITO
Algumas pessoas acreditam que o simples fato de inserirem o balão intragástrico as fará emagrecer para sempre. Isso é um mito porque o tratamento com o balão intragástrico só será eficiente se houver conscientização do paciente. É necessário estar disposto a modificar hábitos, ou seja, reeducar a alimentação e praticar atividade física. Somente assim, o paciente poderá ter sucesso em seu emagrecimento com balão intragástrico.
A grande verdade é que a situação da obesidade já é considerada uma epidemia no Brasil. Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em 2018, 18,9% dos brasileiros, sofrem com a obesidade. Em relação à população que está acima do peso, os dados são ainda mais assustadores: 54% não estão dentro da faixa de peso considerada ideal.
Aliás, para que se saiba se um indivíduo está dentro do seu peso ideal, é utilizada uma medida universal, o Índice de Massa Corporal (IMC). Essa é uma medida adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para unificar os índices relacionados ao peso.
Para calcular seu IMC, é necessário dividir seu peso por sua altura ao quadrado. O resultado obtido classifica a situação do seu peso, conforme parâmetros a seguir:
- IMC abaixo de 17: Muito abaixo do peso
- IMC entre 17 e 18,49: Abaixo do peso
- IMC entre 18,5 e 24,99: Peso ideal
- IMC entre 25 e 29,99: sobrepeso
- IMC entre 30 e 34,99: Obesidade grau I
- IMC entre 35 e 39,99: Obesidade grau II
- IMC acima de 40: Obesidade grau III, considerada obesidade mórbida
Portanto, combater a obesidade no Brasil é uma situação que deve ser encarada com muita seriedade. Uma das formas indicadas e seguras, para auxiliar no emagrecimento, é o tratamento com o balão intragástrico.
Se o tratamento com o balão intragástrico for feito de forma correta, seus benefícios serão muito satisfatórios. Porém, é mais um mito pensar que apenas inserir o balão intragástrico, irá fazer com que você emagreça. Não existem milagres! É necessário ter muita força, foco, determinação e vontade para ter sucesso no seu processo de emagrecimento!