Fazer jejum está na moda há algum tempo, não é mesmo?
Mas a prática é muito mais antiga do que se costuma imaginar! Tão antiga quanto as primeiras civilizações humanas, sabia?
Quer saber mais sobre o assunto? Vem com a gente!
Muitas religiões e filosofias de vida, como a Macrobiótica, usam o jejum como uma maneira de purificar o corpo, o espírito e praticar a disciplina. Mas depois de pesquisas científicas recentes o jejum vem se tornando um hábito entre pessoas de uma variedade imensa de culturas e cada uma delas tem seus objetivos e motivos diferentes. Só um deles provavelmente é comum a todas elas: a saúde.
A dieta do jejum intermitente se popularizou em 2016, ano de lançamento do documentário “Eat, Fast & Live Longer” (coma, jejue e viva mais, em tradução livre), do jornalista inglês Michael Mosley, que depois publicou um livro que se tornou um best-seller. A partir daí, o jejum intermitente virou uma febre!
Mas o que as pesquisas científicas já concluíram sobre o jejum intermitente?
Estudos científicos recentes comprovaram que diferentes dietas que utilizam o jejum como uma técnica para emagrecer realmente são eficazes no que diz respeito à rápida perda de peso. E ainda mais importante: uma série de pesquisas vem tentando demonstrar que tornar o jejum intermitente um hábito de vida pode ser a chave para driblar o envelhecimento, melhorando as funções cognitivas e previnindo justamente as doenças mais fatais da contemporaneidade: as doenças crônicas não transmissíveis como o diabetes, doenças cardiovasculares, câncer.
Isto porque durante o jejum, acontece uma série de coisas no nosso corpo que são benéficas para a saúde!
Uma delas é a busca por energia dentro do próprio corpo, para suprir a ausência de glicose. A partir do momento que a reserva de glicogênio se esgota no fígado (normalmente esse processo leva 12h), o corpo começa a buscar outras maneiras de captar energia. Uma delas é a cetoacidose, que consome moléculas de gordura acumulada nos tecidos.
Sim! O seu corpo “queima” a gordura acumulada para transformar em energia para funcionar.
Além disso, algumas pesquisas sugerem que em jejum, as células começam a praticar autofagia, ou seja, as células saudáveis eliminam as células “ruins”. Isso ajuda a prevenir doenças e a retardar o envelhecimento, do corpo e do cérebro.
Incrível, né?
E como o jejum intermitente pode ser incluído no seu dia-a-dia?
A dieta do jejum intermitente consiste em passar ao menos 12h por dia sem ingerir nenhum tipo de alimento. Nos períodos de jejum, é importantíssimo ingerir bastante líquido (água, chás e café estão liberados – sem açúcar, óbvio).
Tipos de jejum intermitente:
5:2
Sugerido por Michael Mosley em seu livro, se tornou a prática de jejum intermitente mais comum. Ele propõe que durante dois dias na semana a ingestão de calorias não passe de 25% do que é considerado o ideal para um adulto, 2.500 calorias. Ou seja, durante dois dias a pessoa não pode comer mais de 500 calorias.
16/8
Outra maneira de fazer o jejum intermitente é restringir a alimentação por um período de cada dia. Na dieta 16/8 o indicado é aproveitar as horas de sono. Então ela fica 16 horas sem comer, durante a noite e a manhã, e depois se alimenta normalmente durante as outras 8 horas do dia. Por exemplo, você pode jantar até as 21h e voltar a comer somente às 13h do dia seguinte, pulando o café da manhã.
ADF
Alternate Day Fasting (jejum dos dias alternados, em tradução livre) é simplesmente alternar um dia de jejum, um dia de alimentação. Nos dias de jejum só se pode consumir no máximo 500 calorias, como no método 5:2.
IMPORTANTÍSSIMO!!!!
Nunca, jamais, de forma alguma, comece um jejum intermitente sem se consultar com um médico! Se você estiver em tratamento com o balão intragástrico ajustável, converse com seu médico e seu nutricionista para saber se o jejum intermitente é uma boa opção para você.
Cada pessoa tem características físicas e emocionais e respeitar seus limites é fundamental para manter corpo e mente em equilíbrio, rumo a uma vida mais saudável e mais feliz!