Um estudo norte-americano publicado recentemente revela que adoçantes artificiais podem desencadear obesidade e diabetes, dois dos maiores males do nosso tempo.
Para quem está em tratamento para emagrecer com o balão intragástrico Spatz3, o uso deste tipo de substância deve ser controlado, de acordo com as orientações do médico e/ou nutricionista que acompanha cada caso.
Criados para conferir aos alimentos o sabor doce, como uma forma de substituir os açúcares naturais em alimentos e bebidas, os adoçantes artificiais são substâncias sintéticas, com muito menos calorias. Por este motivo, são consideraodos há décadas como uma boa alternativa para pessoas com diabetes ou problemas de saúde relacionados ao peso e ao metabolismo: como o sobrepeso e a obesidade. Seu principal objetivo, quando utilizado em dietas de emagrecimento, sempre foi manter os níveis de glicose do sangue estáveis.
Entretanto, desde que chegaram ao mercado, em 1965 – quando foi descoberto o aspartame, uma série de estudos vêm sugerindo que os adoçantes artificiais podem não ser tão saudáveis quanto se acredita. Publicado recentemente pela Faculdade de Medicina de Wiscosin, nos Estados Unidos, uma pesquisa sugere que o uso destas substâncias pode levar a obesidade e diabetes, reanimando este debate. Os cientistas responsáveis pelo estudo realizaram os testes em ratos e culturas celulares para fazerem suas análises e concluíram que “apesar da adição de adoçantes artificiais não calóricos para as dietas diárias, ainda houve um grande aumento de obesidade e diabetes”, segundo Brian Hoffmann, PhD e professor assistente no departamento de engenharia biomédica das instituições, em entrevista ao Estadão. “Em nossos estudos, tanto o açúcar como os adoçantes artificiais mostraram efeitos negativos relacionados a obesidade e diabetes, embora através de mecanismos diferentes”, explica.
Os pesquisadores dividiram os animais em dois grupos, A e B, para observações durante três semanas. O grupo A só recebeu alimentos ricos em glucose e frutose, dois tipos de açúcar, enquanto o grupo B só recebeu alimentação com acesulfame-K, um adoçante sem calorias. Após as três semanas, os estudiosos verificaram que os adoçantes modificaram a maneira como o corpo processa a gordura e obtenção de energia, acumulando o adoçante no organismo e prejudicando as células que revestem os vasos sanguíneos.
Por outro lado, os pesquisadores alertam para o consumo do açúcar em detrimento do adoçante. “Se você consome essas substâncias estranhas, assim como o açúcar, o risco de desenvolvimento de problemas de saúde aumenta. Assim como com os outros componentes de nossa alimentação diária, eu prefiro falar para as pessoas que a moderação é a chave, já que é muito difícil cortar algo completamente da dieta”, finaliza.
Encontrar a medida certa da moderação é a tarefa mais difícil para quem está em tratamento para emagrecer. Portanto, é muito importante seguir as orientações do seu médico e/ou nutricionista para controlar o uso dessas substâncias.
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