30% de tudo o que o brasileiro se alimenta vem de dentro de uma embalagem! Tudo bem. Vivemos numa sociedade moderna. Mas qual é o problema? O problema é que o consumo de alimentos processados está hoje diretamente ligado ao ganho de peso e à baixa qualidade nutricional. Isto porque a oferta de alimentos processados de qualidade está restrita a quem pode pagar mais caro. Em geral, os alimentos processados acessíveis para a maioria da população são de baixíssima qualidade e perigosos à saúde.
De acordo com uma série de estudos publicada em dezembro na revista científica Public Health Nutrition, da Sociedade Britânica de Nutrição. A edição especial foi toda dedicada aos impactos do consumo de alimentos ultraprocessados a saúde da população de vários países, entre eles o Brasil.
Mas o que é um alimento ultraprocessado?
Geralmente é bem fácil identificar um alimento ultraprocessado pelo rótulo. Se o rótulo não for autoexplicativo, procure pelos ingredientes. Se você não consegue reconhecer o nome da maior parte dos ingredientes de um alimento, pode ter certeza de que ele é ultraprocessado.
Mas para explicar um pouco melhor…
O Guia Alimentar para a População Brasileira, divulgado em 2014, divide os alimentos em quatro categorias:
Categoria 01: produtos in natura – são frutas, legumes, verduras, leite, ovos… tudo aquilo que a gente pega diretamente da natureza; e os minimamente processados – grãos, farinhas, cereais. O arroz e feijão de cada dia.
Categoria 02: alimentos usados para cozinhar e temperar – açúcar, sal, óleos vegetais, especiarias;
Categoria 03: produtos processados – são os alimentos in natura com adição de sal, açúcar ou óleo para aumentar o tempo de conservação.
Categoria 04: alimentos ultraprocessados – salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, refeições congeladas etc.
Ainda está um pouco difícil de visualizar? Quer um exemplo?
O milho em espiga é um alimento in natura. O milho em conserva que geralmente é vendido enlatado é um alimento processado. O pacote de salgadinho sabor milho é um alimento ultraprocessado. Fácil, né?
Um dos estudos publicados na revista britânica é de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que avaliaram a alimentação de mais de 30 mil pessoas. A conclusão da pesquisa é que, em média, a dieta dos brasileiros contém 58,1% de alimentos in natura ou minimamente processados, 10,9% de temperos e 31% de alimentos processados e ultraprocessados.
Ainda estamos com bons resultados em relação a outros países desenvolvidos como os Estados Unidos, cuja alimentação da população contém 57,6% de alimentos ultraprocessados. Mas não devemos nos acostumar com essa ideia. O resultado do aumento do consumo de alimentos processados pode ser percebido na balança e no consultório médico.
Mas por quê?
Porque o consumo desses alimentos está comprovadamente associado ao aumento de peso e consequentemente ao aumento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, as DCNTs, como o colesterol alto, o diabetes, a hipertensão arterial, entre outras.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de brasileiros com diabetes subiu 61% em dez anos (entre 2006 e 2016) e o número de obesos cresceu em 60%! Hoje, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, mais da metade dos brasileiros está acima do peso ideal e 20% da população está obesa.
Descascar mais, desembalar menos!
Segundo reportagem recente do New York Times, a taxa de obesidade no Brasil cresceu de 7%, em 1980, para 20% em 2017, graças à mudança na dieta da população, que passou a consumir mais comida industrializada e menos alimentos naturais. Para emagrecer, o ideal é retornar aos hábitos antigos, à alimentação da vovó!
Se o seu forte não é cozinhar! Hoje, na maioria das grandes cidades brasileiras, é possível encontrar serviços de entrega de marmita saudável. Peça ajuda ao seu nutricionista!
Emagrecer sozinho não é fácil, mas a responsabilidade por alimentar-se melhro é sua. Pergunte ao seu médico sobre o tratamento para emagrecer com o Balão Intragástrico Spatz, o balão ajustável de 12 meses, e entenda como ele pode te ajudar a comer menos e com mais qualidade!