Emagrecer é o desejo de 2 a cada 3 pessoas, de acordo com o Ibope, mas quando a vontade de perder peso vai além da estética, envolvendo riscos à saúde, a necessidade e urgência são muito maiores.
Com acompanhamento médico e o auxílio de tratamentos clínicos e/ou cirúrgicos, as chances de tratar o sobrepeso e a obesidade são superiores, além de mais seguras. Conheça as diferenças entre a cirurgia bariátrica e o método de emagrecimento com o balão intragástrico.
A Gastroplastia, também conhecida como cirurgia bariátrica, cirurgia da obesidade ou ainda a cirurgia de redução do estômago, é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas com IMC cima de 35kg/m², conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por outro lado, pessoas com IMC a partir de 27kg/m² podem ser candidatas ao tratamento com o Balão Intragástrico, também chamado de balão gástrico ou balão de estômago.
A Gastroplastia é uma cirurgia e demanda uma avaliação rígida para a aprovação médica de adesão ao tratamento, além de requerer anestesia e internação. Apesar de cada caso precisar ser avaliado individualmente, todo paciente que irá realizar a cirurgia deve ser submetido a uma avaliação clínico-laboratorial pré e pós-cirúrgica a qual inclui além da aferição da pressão arterial, dosagens da glicemia, lipídeos sanguíneos, e outros exames de sangue, avaliação das funções hepática, cardíaca e pulmonar, endoscopia digestiva e ecografia abdominal. Algumas pessoas também podem precisar de uma avaliação psicológica.
O sistema de emagrecimento do balão intragástrico não é um procedimento cirúrgico, mas sim ambulatorial endoscópico e pode requerer sedação leve em alguns casos, mas não é necessária a internação. Apesar disso, após a consulta com o médico e feita a escolha por este tipo de tratamento, o paciente também precisará passar por alguns exames e uma endoscopia previa, com o objetivo de eliminar riscos.
Existem quatro técnicas diferentes de realização da cirurgia bariátrica reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), por ordem crescente de complexidade: Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. Cada uma delas tem um nível de complexidade e risco, mas todas envolvem sedação, cortes e suturas, havendo o cuidado com a cicatrização.
Em contrapartida, a colocação do balão não envolve cortes e todo o processo pode durar de 20 a 30 minutos apenas e o paciente é liberado após algumas horas de observação.
Cheio, o balão ocupa de 1/3 a metade do estômago do paciente, volume que pode ser ajustado ao longo do tratamento, uma exclusividade do sistema Spatz3. Com isso, o corpo do paciente passa a secretar menor quantidade de grelina, o chamado hormônio da fome, o que reduz o apetite.
Junto a isso, recomenda-se o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar formada por educadores físicos, nutricionistas e psicólogos que, sob a supervisão do médico, traça um plano para uma real e efetiva mudança de hábitos que levarão o paciente não só a perder o peso necessário para emagrecer, mas também a manter o peso ideal dali para frente.
É muito importante consultar um médico para saber em qual dos casos você se enquadra. Não há um procedimento melhor do que o outro, mas sim aquele que apresenta mais eficácia para cada pessoa. A avaliação médica é imprescindível para esta escolha.