Entenda as principais diferenças entre dieta e reeducação alimentar e pare de confundir uma com a outra
Diante da alarmante realidade da obesidade em nosso país, muitas pessoas recorrem a alternativas para emagrecer. Nessa ansiedade pela busca do peso ideal, muitos acabam aderindo às dietas da moda que prometem emagrecimento rápido. Porém, emagrecer com saúde é um processo que exige muita força de vontade e modificação de alguns hábitos. É ai que entra a questão da reeducação alimentar, que é diferente das conhecidas dietas.
Primeiro, é importante dizer que a situação da obesidade no Brasil é alarmante. Isso porque, segundo dados, 25,4% das mulheres adultas são obesas e 18,5% de homens estão acima do peso ideal. Ou seja, um quarto dos brasileiros estão com problemas relacionados ao excesso de peso, condição que pode oferecer riscos à saúde.
Proporcionalmente ao aumento desses dados está o crescimento da incidência de problemas associados ao excesso de peso. Diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares comumente fazem parte da vida de pessoas que sofrem de obesidade.
Uma das maneiras mais eficazes de modificar esse cenário é por meio de uma boa reeducação alimentar e prática de atividade física. O que ocorre é que muitas pessoas confundem reeducação alimentar com dieta, o que são coisas distintas. Por isso, falaremos sobre as diferenças entre dieta e reeducação alimentar.
Índice de Massa Corporal
Antes de tudo, vale lembrar o que realmente configura se uma pessoa está acima do seu peso ou não. Uma das maneiras mais simples de descobrir se uma pessoa está com excesso de peso é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é uma classificação universal validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O valor do índice é obtido por meio do resultado da divisão do peso da pessoa em quilogramas pela sua altura em metros elevada ao quadrado.
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IMC | Classificação |
Abaixo de 17 | Muito abaixo do peso |
Entre 17 e 18,49 | Abaixo do peso |
Entre 18,5 e 24,99 | Peso normal |
Entre 25 e 29,99 | Acima do peso |
Entre 30 e 34,99 | Obesidade I |
Entre 35 e 39,99 | Obesidade II (severa) |
Acima de 40 | Obesidade III (mórbida) |
De acordo com o IMC e análise clínica e comportamental o nutrólogo ou nutricionista indicará qual plano alimentar mais adequado.
É válido observar que o IMC é apenas um indicador mais seguro que o espelho para identificar o excesso de peso. Depois de fazer o cálculo, o ideal é buscar auxílio profissional de especialistas.
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Dieta e reeducação alimentar
A principal diferença entre dieta e reeducação alimentar é o fator tempo. As dietas costumam ser planos alimentares de curta duração para atingir um resultado específico, mais comumente estético.. Geralmente as dietas restringem total ou parcialmente alguns alimentos ou grupos alimentares, tornando-as muito difíceis de seguir no longo prazo Isso porque elas não incluem fatores culturais e socioeconômicos em suas concepções.
Já a reeducação alimentar tem o propósito de modificar a relação que se tem com a comida. A intenção é que a pessoa reaprenda a comer, literalmente. O processo de reeducação alimentar vai muito além da restrição de alimentos ou corte de calorias. Ele serve para a conscientização e mudança de hábitos alimentares de forma gradativa. Assim, conforme a pessoa vai reeducando a sua alimentação percebe possíveis erros cometidos na hora de se alimentar. Esses erros vão sendo substituídos por novos hábitos em prol da melhoria da qualidade de vida como um todo. O objetivo maior é a saúde e os resultados estéticos são obtidos como consequência desse processo.
Diferente das dietas, a reeducação alimentar não objetiva apenas a perda de peso pontual. Ela é focada em manter o peso saudável estabilizado evitando o temido efeito sanfona. Normalmente, apresentam resultados duradouros por promoverem propriamente uma conscientização em relação à forma de se alimentar. Desde a escolha dos ingredientes e modos de preparo da comida até a mastigação.
As dietas por sua vez costumam ter prazo de validade determinado. A maioria delas é baseada em um cardápio restrito, pobre em nutrientes, o que pode ser prejudicial à saúde, se mantida por longos períodos. As dietas até costumam apresentar bons resultados de perda de peso, mas nem sempre oferecerão um emagrecimento saudável, sobretudo quando feitas sem orientação. As dietas restritivas normalmente quando findam tendem a desacelerar o metabolismo, que se acostumou com uma baixa ingestão de alimentos. Dessa forma, o organismo começa a estocar energia extra em forma de gordura e é isso que faz o corpo recuperar o peso perdido.
Quando essas dietas são mantidas de maneira mais prolongada, o organismo acaba ficando mais resistente ao emagrecimento. Porém, é importante saber que as dietas prescritas por profissionais são altamente eficazes quando utilizadas de forma terapêutica. Normalmente as dietas são utilizadas para reduzir os níveis de colesterol, reduzir peso em curto prazo, aumentar massa muscular, viabilizar uma intervenção cirúrgica ou simplesmente para restringir total ou parcialmente o consumo de algum alimento que, por qualquer motivo, não possa ser consumido por aquele paciente.
Já a reeducação alimentar “programa” o cérebro de forma que aprenda a se alimentar com qualidade. Utilizando os alimentos corretos em quantidade adequada é possível perder peso de forma saudável sem restrições ou sacrifícios. Como a reeducação alimentar promove a mudança de hábitos, dificilmente a pessoa volta a ganhar o peso perdido. Porém, isso só acontecerá se houver a conscientização de que os novos hábitos devam ser mantidos definitivamente.
É claro que somente quem poderá definir qual o melhor plano de acordo com seu caso é o profissional. Como citamos anteriormente, os planos alimentares devem ser orientados, preferencialmente, por um nutrólogo ou nutricionista. Isso garante que o processo de emagrecimento ocorra de forma saudável e assertiva. Se o caso for de um sobrepeso mais importante ou obesidade, a busca por uma orientação médica pode ser fundamental para um tratamento mais assertivo.
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Por isso, fuja de dietas prontas ou indicadas por amigos ou familiares que não tenham formação profissional para isso. Nem sempre aquilo que funciona para uma pessoa dará certo para outra. Cada organismo funciona de uma forma diferente. Além disso, cada caso deve ser analisado individualmente. O resultado do IMC não é o único determinante para indicação de dieta ou reeducação alimentar. O histórico clínico, genético e comportamental são fatores importantes na hora de traçar um plano de emagrecimento.
Agora você sabe um pouco mais sobre as diferenças entre dieta e reeducação alimentar. Mas não esqueça: emagrecer de forma saudável é possível, desde que haja uma alimentação equilibrada, prática de atividade física e comprometimento! Não existem milagres quando se trata de emagrecer com saúde. O segredo é ter determinação, foco e muita força de vontade!
Porém, se você já tentou essas duas opções sem sucesso, encontre o médico mais próximo aqui e marque uma consulta. Ele poderá apresentar a você o método de emagrecimento eficaz e seguro proporcionado pelo uso do balão intragástrico.