A situação é seguinte: você já tentou de tudo para emagrecer. Praticou exercícios regularmente, reeducou a alimentação, mas não adiantou e você não consegue emagrecer. Ou talvez, até tenha conseguido perder alguns quilos com muito esforço e logo no primeiro deslize voltou a engordar! Toda aquela dedicação e motivação inicial se transformam em desânimo e desespero. Você lembra então daquela prima da sua vizinha que tomou remédios para emagrecer e ficou linda. Determinada, você vai ao médico com um único objetivo: EMAGRECER a qualquer custo.
Chegando ao consultório médico, além de prescrever todos os exames necessários, é bem provável que ele questione se você está ciente sobre os riscos de tomar remédios para emagrecer.
Para te ajudar a entender um pouco melhor, falaremos sobre os remédios para emagrecer mais utilizados e seus riscos.
Quando o medicamento é indicado?
Primeiramente, é importante lembrar que mais da metade da população enfrenta o sobrepeso no Brasil. Esse é um dos dados obtidos através da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), de 2018. Isso quer dizer que emagrecer vai muito além de questões estéticas. Inclusive, com os dados alarmantes, a obesidade é considerada uma epidemia do Brasil. A utilização de remédios para emagrecer é indicada em alguns casos clínicos.
Para que isso ocorre de forma correta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão regulamentador, libera a utilização das seguintes substâncias: sibutramina, orlistat, cloridrato de lorcasserina hemihidratado e liraglutida.
Os remédios para emagrecer nunca devem ser a primeira opção para perder peso. Para ter indicação de remédio para emagrecer, o paciente já deve ter tentado perder peso de outras formas. Além disso, o paciente deve atender aos parâmetros estipulados. O indicado é que a pessoa tenha Índice de Massa Corporal (IMC) superior 27 kg/m² e alguma doença metabólica associada ao excesso de peso. Dessa forma, os benefícios de tomar remédio para emagrecer podem superar os possíveis efeitos colaterais.
Os riscos
É preciso estar ciente que ao utilizar remédio para emagrecer, os riscos são bem prováveis de acontecer. Os medicamentos para emagrecer agem no funcionamento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular. Por esse motivo, os anorexígenos e os sacietógenos não devem ser usados por pessoas com hipertensão arterial, arritmias cardíacas, diabetes do tipo 2, doenças psiquiátricas (depressão e transtornos do humor, impulsos compulsivos) e glaucoma. Cada substância liberada para uso no Brasil apresenta diferentes riscos e efeitos colaterais, por isso, falaremos separadamente sobre elas.
Sibutramina: é o remédio para emagrecer com um dos registros mais antigos em nosso país e um dos mais utilizados também. A substância atua em alguns neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e dopamina. O resultado disso é a redução do apetite e aumento do gasto calórico. Esse remédio para emagrecer é contraindicado para pessoas com hipertensão, diabetes ou risco para doenças cardiovasculares.
Os efeitos colaterais mais frequentes são:
- Boca seca
- Constipação
- Dor de cabeça
- Insônia
- Alterações de humor
Orlistat: Essa substância, diferente da sibutramina, não age nos mecanismos relacionados à saciedade ou a qualquer outro fator metabólico. Sua atuação inibe até 30% da absorção de gordura, que é eliminada nas fezes. Esse remédio para emagrecer costuma ser indicado para as pessoas que possuem dieta rica em alimentos gordurosos. O principal efeito colateral é a diarreia provocada pela alta ingestão de gorduras, o que pode ser muito desconfortável e constrangedor.
Cloridrato de lorcasserina hemihidratado: A lorcasserina ativa um receptor específico de serotonina que é o centro principal de controle energético. Isso aumenta a produção de um hormônio chamado melanocortina que age reduzindo a fome.
É considerado um remédio para emagrecer com efeitos colaterais menores que os outros. Os principais são:
- Dor de cabeça
- Boca seca
- Constipação intestinal
Liraglutida: Essa substância, popularmente conhecida como Saxenda, é um remédio para emagrecer que se apresenta na forma injetável. Ela interfere na produção do GLP-1, hormônio que sinaliza para o nosso cérebro que há comida no interior do intestino. Ao receber essa informação, o cérebro acaba inibindo os impulsos de fome. Com isso, as pessoas tendem a comer bem menos que o de costume.
Dentre os efeitos colaterais desse remédio para emagrecer, os mais relatados são:
- Náuseas
- Vômito
- Diarréia
- Constipação
- Tontura
- Insônia
- Hipoglicemia
Além dessas substâncias utilizadas especificamente para o tratamento da obesidade, ainda existem medicações coadjuvantes. Elas são prescritas para auxiliar na perda de peso. Alguns remédios de uso psiquiátrico, utilizados para controle de ansiedade e depressão, podem ajudar a emagrecer. Desde que a pessoa sofra de algum distúrbio, como compulsão alimentar, por exemplo.
Os especialistas costumam alertar para o uso de remédio para emagrecer, porque quando utilizado sem acompanhamento médico pode causar danos à saúde. Algumas medicações podem causar efeitos indesejados no organismo de quem faz seu uso. Esses efeitos podem influenciar negativamente a qualidade de vida do paciente. Por isso, se você está em tratamento com alguns desses remédios para emagrecer, relate ao seu médico qualquer sintoma incomum.
Os medicamentos citados acima são liberados pela ANVISA. Isso quer dizer, que o tratamento com essas medicações é permitido, quando seu uso se faz necessário. Então se o seu médico decidir que o remédio para emagrecer é uma boa alternativa para o seu caso de emagrecimento, preste atenção aos sinais, mas siga suas orientações. Como citamos anteriormente, o excesso de peso não é uma questão de estética apenas. Os riscos de adquirir doenças associadas a essa condição são preocupantes.
Se você está lutando contra a balança, mas não sente segurança em utilizar remédio para emagrecer, existem hoje no mercado outras formas eficazes e seguras de combater a obesidade. A colocação de um balão intragástrico, por exemplo, é um dos procedimentos não cirúrgicos que pode ser indicado para esse tipo de tratamento. O método não invasivo e indolor consiste na colocação de um balão inflável dentro do estômago. É feito ambulatoriamente e dura em média 20 minutos.
Converse com seu médico sobre todas as possibilidades. Se tomar remédio para emagrecer realmente não for algo que você queira, juntos vocês poderão encontrar uma alternativa que combine mais com você. O importante é nunca esquecer que toda e qualquer decisão, deve ser sempre orientada por profissionais capacitados.