Nós já falamos por diversas vezes sobre a situação alarmante da epidemia de obesidade do Brasil. Por esse motivo, é bem comum que as pessoas necessitem utilizar remédio para emagrecer para combater o excesso de peso. Imprescindivelmente com orientação médica.
Dados divulgados em 2018, obtidos através da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), apontam um crescimento de 60% da obesidade em nosso país. Para a realização da pesquisa foram entrevistadas 53,2 mil pessoas, maiores de 18 anos, residentes nas capitais brasileiras. Juntamente aos dados relacionados à obesidade, foi observado um aumento da prevalência de diabetes e hipertensão. Essas doenças crônicas, se não controladas, podem levar o individuo a óbito. Ambas são comorbidades associadas ao excesso de gordura corporal.
Os dados da pesquisa indicam que 18,9% dos brasileiros estão obesos e 54% apresentam sobrepeso. Com esses números, fica mais fácil identificar o porquê da obesidade ser considerada uma epidemia no Brasil. Com os números assustadores, percebe-se também que a situação de excesso de peso vai muito além das questões estéticas. A situação do peso da população brasileira é também uma condição de saúde pública.
Cálculo do IMC para controlar seu peso ideal
Para saber se uma pessoa está dentro do seu peso ideal, é calculado o seu Índice de Massa Corporal (IMC). Essa é uma medida adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para unificar os índices relacionados ao peso. Para chegar aos parâmetros e saber seu IMC, é necessário calcular o seu peso divido pelo quadrado da sua altura. Para facilitar, você pode usar a nossa calculadora automática de IMC, clicando aqui.
De acordo com o índice obtido, seu peso é classificado conforme tabela a seguir:
IMC | CLASSIFICAÇÃO |
MENOR QUE 18,5 | abaixo do peso |
ENTRE 18,5 E 24,9 | NORMAL |
ENTRE 25,0 E 29,9 | SOBREPESO |
ENTRE 30,0 E 39,9 | OBESIDADE |
MAIOR QUE 40,0 | OBESIDADE mórbida |
O uso de remédio para o emagrecimento
Algumas pessoas, principalmente as obesas, apresentam maior grau de dificuldade em perder peso. Após inúmeras tentativas de mudança de hábitos como reeducação alimentar e prática de exercícios físicos, algumas pessoas não conseguem emagrecer. Nesses casos, pode ser que o médico indique tratamento com a utilização de remédio para emagrecer.
O que ocorre é que, como citamos acima, o excesso de peso pode acarretar outros tipos de doenças. Dessa forma, é preciso muita cautela na hora de tomar remédios para emagrecer. Já que é necessário um acompanhamento bem detalhado em relação ao estado clinico do paciente.
Se após todos os exames realizados, o médico decidir que o uso de remédios para emagrecer é indicado para o paciente, o tratamento deve ser iniciado. Porém, mesmo que os riscos apresentados sejam menores que os benefícios do uso de remédio para emagrecer, podem existir muitas reações adversas associadas a essas medicações.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão regulamentador que aprova a utilização de medicamentos no Brasil. Os únicos remédios para emagrecer que possuem autorização da Anvisa são: sibutramina, orlistat, cloridrato de lorcasserina hemihidratado e liraglutida. Qualquer outra composição presente nos inibidores de apetites não tem seu uso permitido no Brasil.
O remédio para emagrecer pode interferir no funcionamento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular. É por esse motivo que não devem ser utilizados por pessoas com hipertensão arterial, arritmias cardíacas, diabetes do tipo 2, doenças psiquiátricas (depressão e transtornos do humor, impulsos compulsivos) e glaucoma. Cada uma dessas substâncias liberadas apresenta diferentes riscos e efeitos colaterais, que também podem variar de indivíduo para indivíduo.
Uma das maneiras que a Anvisa encontrou de mapear os casos de efeitos adversos de quaisquer medicação foi a criação da VigiMed. A VigiMed é uma ferramenta online em que os pacientes registram quaisquer reações a medicamentos. Essa plataforma disponível desde dezembro de 2018 é na verdade uma farmacovigilância. Nela, o usuário registra a queixa de efeitos colaterais de medicamentos, como remédio para emagrecer, de maneira anônima. Essas informações ficam concentradas em um banco de dados e depois são repassadas para Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os relatos são analisados conforme a gravidade do efeito colateral. Havendo uma alta recorrência sobre algum fármaco específico, o caso é analisado de forma mais especifica. Neste caso, a Anvisa pode solicitar a suspensão do lote, publicar alertas à população, restringir o uso, solicitar alteração na bula ou até mesmo cancelar o registro oficial para a comercialização do medicamento. Vale ressaltar que essa plataforma serve para registro de efeitos adversos de medicamentos, como o remédio para emagrecer, por exemplo, e registro de reações causadas por vacinas.
Deixar a população ciente e com acesso a informações sobre os riscos de utilizar remédio para emagrecer é umas das maneiras que a Anvisa encontrou de combater os riscos e assegurar um tratamento mais seguro. Além disso, constantemente são realizados encontros para debater eficácia dessas substâncias. Isso ocorre principalmente pelo fato de que seu uso deve trazer mais benefícios do que riscos à saúde da população.
É importante lembrar que um dos principais problemas de quem não consegue emagrecer, é a dificuldade em modificar certos hábitos. O remédio para emagrecer, quando prescrito, serve como auxiliar no processo de emagrecimento. Não se pode depositar todo o sucesso da perda de peso no remédio para emagrecer. Até porque, em grande parte das situações, ao parar com a medicação os pacientes tendem a engordar o peso perdido. Por isso, não adianta utilizar remédios para emagrecer e não modificar sua forma de pensar e agir.
Mesmo que sejam aprovados e liberados para utilização, os remédios para emagrecer devem ser utilizados sobre rígido acompanhamento médico. Cada organismo reage de uma maneira e aquilo que funcionou com sua colega, não necessariamente servirá para o seu caso. Por isso, JAMAIS se automedique. Como já dissemos anteriormente, remédio para emagrecer pode trazer riscos à saúde, principalmente de quem os utiliza sem orientação médica.
Se seu médico lhe receitou algum tipo de remédio para emagrecer, certamente ele fez os exames necessários e avaliou que utilizá-lo pode ser satisfatório para você. Mas não deixe de questionar toda e qualquer dúvida que você tenha, especialmente relacionadas aos prováveis efeitos adversos. Caso você já esteja em tratamento com algum remédio para emagrecer, relate ao seu médico sintomas atípicos, caso você esteja sentindo algo diferente. Pode não ser efeito da medicação, mas é importante estar atento aos sinais.